XII Noites Pernambucanas

Portfólio:

Resumo do Projeto

Noites Pernambucanas

# 12ª edição do projeto promove o intercâmbio entre mestres da cena cultural pernambucana e artistas de Brasília com shows e palestras gratuitos

# Dias 24 e 25 de fevereiro, às 21h

Entrada franca

É unanimidade que o carnaval pernambucano é um dos mais festejados e tradicionais do Brasil. Tal efervescência é tamanha que alcança os quatro cantos do país. Em Brasília, particularmente, a presença da cultura popular pernambucana, representada pelos ritmos inconfundíveis dos metais das orquestras populares, é fortemente mantida no carnaval de rua brasiliense. No intuito de coroar toda essa trajetória cultural, o Noites Pernambucanas chega a sua 12ª edição promovendo o encontro de maestros que trazem consigo um pouco da cultura musical do Brasil. Frevo, maracatu, coco, baião e manguebeat estarão presentes nos shows que acontecem nos dias 24 e 25 de fevereiro, às 21h, no Clube do Choro de Brasília. A entrada é franca.

O projeto, realizado pela Beco da Coruja Produções com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – FAC/DF, promove um intercâmbio cultural entre os grandes maestros pernambucanos e os artistas da Capital para estreitar ainda mais a relação cultural. Para isso, o Maestro Fabiano Medeiro, regente da Orquestra Popular Marafreboi, de Brasília, divide o palco com ícones da música pernambucana, encerrando o carnaval brasiliense com noites embaladas pelos ritmos populares mais marcantes do estado nordestino.

Nas apresentações, o Maestro Fabiano Medeiros compartilha a regência da Marafreboi com os convidados: Maestro Forró, Maestro Ademir Araújo (popularmente conhecido como Maestro Formiga), Maestro Edson Rodrigues, considerado um dos maiores compositores de frevo e o Maestro Spok, embaixador do frevo, que se apresenta apenas no dia 25. Além deles, também haverá apresentação do Coral Edgard Moraes, formado pelas filhas e netas do consagrado compositor Edgard Moraes, e o cantor EdCarlos.

O projeto Noites Pernambucanas oferece ainda vivências na cultura popular por meio da realização da Roda dos Saberes. A atividade reúne os maestros, alunos e quem se interessar pela cultura popular brasileira para trocar experiências. “A intenção é promover um intercâmbio para que ocorra uma grande integração cultural com o que Pernambuco carrega de mais precioso na sua cultura”, disse o Maestro Fabiano Medeiros, responsável pela direção artística do NoitesPernambucanas. A Roda dos Saberes irá acontecer na Faculdade de Arte Dulcina de Moraes, no CONIC, dia 24/02, das 9h ao meio dia. O acesso é gratuito.

Sobre os maestros convidados

Maestro Forró – https://www.youtube.com/watch?v=8p4q02CD4TU

Nascido no dia 14 de outubro de 1974, no Recife, Francisco Amâncio da Silva, o irreverente Maestro Forró ganhou esse apelido quando era aluno de música na Escola Dom Vital. Filho mais novo da professora aposentada Maria da Penha e José Amâncio da Silva, mais conhecido como “Zé Amâncio do Coco”, o músico, compositor e arranjador começou a trabalhar aos 14 anos. Unir o erudito e o popular traduz o objetivo que norteia os trabalhos do Maestro Forró. Fundador da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, já foi agraciado com importantes honrarias culturais do Estado e do País: a medalha Leão do Norte (2011) e a Ordem do Mérito Cultural (2012), respectivamente. Sua contribuição para a cultura é tanta que ele foi um dos homenageados do Carnaval do Recife em 2016. No mesmo ano, o Maestro Forró lançou disco e saiu em turnê Brasil afora com o projeto Fole Assoprado. O inusitado do projeto é o uso dos instrumentos de sopro para reproduzir o som da sanfona, executando forrós, xotes e baiões e uma forma totalmente particular.

Antes mesmo da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério – seu trabalho mais famoso – o Maestro Forró já percorria diversos países como diretor musical, arranjador, compositor, ator e músico em inúmeros projetos. Um exemplo é o trabalho desenvolvido por ele no Maracatu Nação Pernambuco em turnês em Pernambuco, no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Fortaleza, Salvador) e no mundo (França, Inglaterra, China, Suíça – Festival de Montreaux, e Estados Unidos – New Orleans).

Após longas turnês com o Nação Pernambuco, Forró foi convidado a fazer arranjos por vários artistas pernambucanos, entre eles Veio Mangaba, Banda Mundo Livre S/A e o DJ Dolores. Em 2002, fundou a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, grupo no qual passou a se dedicar com mais afinco à união entre o erudito e o popular. Com eles, gravou os CDs Jorrando Cultura (2007) e #CabeçaNoMundo (2013), que posteriormente viraram DVDs. Em 2013, o segundo CD ganhou a categoria Regional do Prêmio da Música Brasileira.

Maestro Formiga (Ademir Araújo) – https://www.youtube.com/watch?v=d-8xWxy7YBM

Maestro, arranjador e compositor, Ademir Souza Araújo tem se dedicado à música a mais de 50 anos, tornando-se conhecido pela habilidade no processo de composição e na criação de arranjos em diversos gêneros, indo do popular ao erudito. Do seu estilo irrequieto e trabalhador, surge o apelido de “Maestro Formiga”, com o qual se torna nacionalmente conhecido. Nascido no Recife, em 1942, foi iniciado no universo musical por José Gonçalves Lima, regente da Banda Musical da Escola Industrial Agamenon Magalhães. Posteriormente, passou a estudar no Conservatório Pernambucano de Música onde participou de um curso de música folclórica com o Maestro Guerra-Peixe, que o iria influenciar significativamente.

Artista premiado em diversos concursos estaduais e nacionais assumiu, na década de 1970, a direção da Banda Municipal do Recife. Posteriormente, na década de 1980 participou da criação da Frevioca, juntamente com o cantor Claudionor Germano, animando as ruas do Recife durante o Carnaval. Recentemente, realizou parcerias com a Orquestra Popular do Recife (PE), Nação Zumbi (PE), Grupo Camerata Brasileira (RS), a Barca (SP) entre outros. Além disto, participa de diversos projetos de iniciação e educação musical, formando profissionalmente crianças e jovens, com os quais defenda a música como um fator de transformação social.

Maestro Edson Rodrigues – https://www.youtube.com/watch?v=MdAiUFnMj3k

Maestro, arranjador, compositor e Multi-instrumentista, Edson iniciou estudos em música muito jovem. Tocou pela primeira vez no carnaval de Recife em 1957, com a Orquestra Itapoã. É músico fundador da Banda Municipal de Recife, da qual foi regente entre os anos de 1979 a 1983. Atuou nas noites do Recife, com sua banda, Contrabanda, tocando jazz, MPB e também ritmos pernambucanos. Além de ser considerado um dos maiores compositores de frevo, é também pioneiro na introdução do jazz em Recife, e tem seu nome ligado a esse ritmo americano. Trabalhou em co-produções de discos e frevos com outros grandes nomes da música pernambucana, como Clóvis Pereira e Spok, de quem foi professor. Em setembro de 2004, foi homenageado no Recife Jazz Festival.

No carnaval de 2007, ao comemorar 50 anos de carreira, foi homenageado pelo bloco carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos, de cuja orquestra é regente. No final de 2010, fez o arranjo do frevo “Pisando em Brasa”, de Luciano Magno. A música foi a vencedora do Festival de Música Carnavalesca 2010, em Recife. O concurso reuniu mais de 200 artistas e compositores de diversos ritmos, como frevo, maracatu e caboclinho. Ainda no mesmo ano, foi responsável pelo arranjo das músicas “Recife manhã de sol” (c/ J. Michiles); “Folia do galo”; “Queimando a massa”; “Pernas pra que te quero”; “Diabo loiro”; “Me segura senão eu caio”; “Bom demais” e “Espelho doido”, lançadas no CD “Asas do Frevo – O carnaval de J. Michiles”. O álbum reuniu frevos consagrados, no carnaval de Pernambuco. de autoria de J. Michiles.

Maestro Spok – https://www.youtube.com/watch?v=rBLcUXbHw3A

Músico, arranjador e compositor, Inaldo Cavalcante de Albuquerque ganhou o apelido de Spok em referência ao personagem Dr. Spock, do seriado Guerra na Estrelas. Nascido na pequena cidade pernambucana de Abreu Lima, foi para o Recife com apenas 16 anos e hoje é apontado por especialistas como o mais novo embaixador do frevo. Começou a tocar aos 12 anos, por influência do tio e do primo Gilberto Pontes, ambos saxofonistas. Sua formação se deu no Centro de Criatividade Musical do Recife. Tornou-se logo um dos artistas mais respeitados de Pernambuco, tendo participações especiais, desde os anos 1990 nas bandas de artistas brasileiros como Fagner, Alceu Valença, Antônio Carlos Nóbrega, Elba Ramalho, Naná Vasconcelos e Sivuca, sozinho, ou com a SpokFrevo Orquestra.

Artista oriundo das classes menos favorecidas, tem como meta legar suas obras e seu conhecimento para jovens, que sonham em exercer a profissão de músico, como ocorreu com ele. Para isto tem como objetivo prioritário a sistematização do ensino do frevo para jovens no Brasil e no exterior.

Coral Edgard Moraes – https://www.youtube.com/watch?v=YWFT9QKehUg

Formado em 1987 pelas filhas e netas do consagrado compositor Edgard Moraes gravou diversos CD’s que compõe o cenário musical de frevos de Bloco em Pernambuco. Durante 13 anos se apresentou no do Bloco das Ilusões. Com orgulho, hoje, apresenta-se mostrando através do Frevo de bloco, o lirismo e a poesia de grandes compositores pernambucanos e do seu grande mentor Edgard Moraes. Em 2004 o Coral comemorou os cem anos de vida e 30 anos de falecimento de Edgard Moraes, recebendo a medalha do Centenário do Frevo da Prefeitura do Recife. Em 2008 o Coral comemorou seus 20 anos de carreira, onde realizou um grande espetáculo musical no Teatro de Santa Isabel ao lado de grandes convidados: Dalva Torres, Maestro Spok, Claudionor Germano, Getúlio Cavalcanti e Bloco da Saudade.

Com uma vasta experiência musical o coral tem sido convidado a participar de vários concertos ao lado da Orquestra Sinfônica e Banda Sinfônica do Recife, SpokFrevo Orquestra, Orquestra Retratos do Nordeste, Orquestra Popular da Bomba do Hemetério com o Maestro Forró e Orquestra de Frevo do Maestro Ademir Araújo. Participa ativamente da programação do Carnaval da Cidade do Recife e de algumas cidades do estado, como Arcoverde, Bezerros e  Pesqueira.

O Coral já teve a oportunidade de dividir palco com grandes nomes da música popular brasileira como: Maria Betânia, Maria Rita, Elba Ramalho, Miúcha, Fafá de Belém, Caetano Veloso,Lenine, Getúlio Cavalcanti, Dalva Torres, Antônio Nóbrega, Claudionor Germano, Antúlio Madureira.

Sobre a Orquestra Marafreboi

Formada por um grupo de 18 músicos profissionais, a Orquestra Popular Marafreboi, surgiu na a partir da pretensão dos seus integrantes em fazer um trabalho de pesquisa, resgate e preservação do acervo da Música Brasileira com foco na Cultura Popular, além do trabalho autoral do grupo e da valorização dos compositores do Distrito Federal. Tendo como Maestro Fundador e Diretor Musical Fabiano Medeiros, a orquestra contribui com os blocos de rua do carnaval brasiliense Suvaco da Asa, Cafuçu do Cerrado e Virgens da Asa Norte.

Por onde passa, a Marafreboi se destaca, como nas apresentações que fez em Recife no Galo da Madrugada, no Rio de Janeiro no Carnaval das Culturas do Mundo, na Cidade Histórica de Pirenópolis, na Chapada dos Veadeiros e em outros lugares do Brasil e nas Cidades de Brasília.

Em seu repertório, é possível ouvir gêneros como: Frevo, Coco, Xote, Baião, Ciranda, Maracatu, Catira, Xaxado, Choro, Samba-Pisado, Cavalo-marinho, Tambor de Criola, Cacuriá, dentre outros. Todos em uma leitura instrumental de Orquestra de Sopro.

Hoje, a Orquestra Popular Marafreboi faz parte deste caldeirão multicultural das diversas ilhas sonoras coexistentes no Planalto Central do Brasil e é nesse universo sonoro posto como mosaico que o conjunto nutri seu repertório artístico musical.

Confira as imagens do projeto:

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